Esta não é uma história de
amor ou sobre o amor, penso que ela trate de algo mais simples, mais rudimentar
ou mesmo inacabado, talvez uma história de como amar.
Ironicamente começo a
escrever pelo fim, ou melhor, pelo último dia em que ainda posso tocar minha
pequeña.
A vida é uma constante
mudança, um ciclo perfeito de incertezas, reviravoltas ou surpresas. Hoje estou
há mais de dois mil quilômetros do que, ano atrás, acreditava ser meu lar, sem
saber se estou indo ou vindo.
Às minhas costas, a indigesta
despedida empurrada goela abaixo, engolida em seco que por muito tempo provocará
amargas lágrimas. Por uma pequena janela que não pode ser aberta, declaro meu
amor eterno. Sem saber se está com medo, com fome ou frio, me sinto impotente.
Cada vez mais próximo de
casa, cada vez mais longe do meu lar, aprendi a respeitar lágrimas derramadas
em rodoviárias e aeroportos.
- Até logo, eu te amo muito, vida!
Foram estas as últimas palavras
que consegui ler em sua boca em meio a um sorriso triste com lágrimas nos olhos
entreabertos.
Sempre tive a impressão de
que voltar de algum lugar era mais rápido do que ir até ele, mas naquele 28 de
julho de 2012 não foi assim. Às 10 horas de viagem serviram para pensar em
muitas coisas, mas em especial que nem tudo nesta vida é coincidência: E isso
explica o motivo pelo qual estou assistindo “um bom ano” e lembrando quando me
contou sobre um filme que deveríamos assistir juntos, “do carinha que investe
na bolsa, sabe a hora de comprar e vender ações...”
É amor, este é um dos
motivos pelo qual sei que nossa história não termina hoje, escreveremos linhas
felizes e tristes, mas sempre serão escritas a dois. Arrivederci.
Eternamente, do seu Ridy.
Ps: Hey, meu amor, não é
aleatória a escolha da música. Mais do que eu, você sabe que ela representa o
cumprimento das nossas promessas. Da primeira vez que comemos juntos com Hashi,
você toda envergonhada por não conseguir manusear direito e eu todo bobo te dando
comida na sua boca.
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